Noticias - Congresso Brasileiro Sementes 2022 - Mesa Redonda 2 Simposio Tec Sem Florestais - Edson F Duarte

Inovações e Desenvolvimento para as sementes nativas e crioulas no CBS - 2022

O Prof. Dr. Edson Ferreira Duarte do Departamento de Botânica (DBOT)/Instituto de Ciências Biológicas (ICB)/Universidade Federal de Goiás (UFG) participou do XXI Congresso Brasileiro de Sementes (CBS) / XI Simpósio de Tecnologia de Sementes Florestais, entre os dias 12 e 15 de setembro de 2022, Curitiba, PR, contribuindo para as discussões na área de Inovação e de Desenvolvimento do Setor de Sementes.

 

11º Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais

Na mesa redonda 2 do Simpósio foi discutido O Futuro da sementes nativas: inovações sociais e tecnológicas, em que o Prof. Edson foi o mediador e contou com as brilhantes apresentações do Dr. Aurelio Padovezi (Universidade de Padova), do Eng. Florestal Esthevan Gasparoto (Treevia Forest Technologies) e do Eng. Florestal Renato Farinazzo Lorza (Fundação Florestal/SP), em que varias inovações sociais e novos modelos de negócio foram destacadas, além das inovações tecnológicas, com sensores e softwares presentes em outras áreas e que podem ser aplicadas ao Setor de Sementes Florestais. Entre as inovações a semeadura direta com o uso de Drones foi uma das experiências exemplificadas. Uma das principais mensagens da mesa redonda foi que a inovação não é um processo linear, mas quando ela inicia pode se desenvolver muito rapidamente e trazer novos desafios, além da necessidades de formação de recursos humanos aptos a lidar com elas, bem como oportunidades de pesquisa, de trabalho e de negócios.

 

Noticias - Congresso Brasileiro Sementes 2022 - Mesa Redonda 2 Simposio Tec Sem Florestais - Edson F Duarte

Fotografias: Juliana Müller Freire (Embrapa Agrobiologia)

 

Trabalhos sobre Inovações e Desenvolvimento

No momento da apresentação dos resultados de pesquisas o Prof. Edson apresentou dois trabalhos. O primeiro trabalho foi intitulado Desalinhamento entre ciência e inovação no setor de sementes nativas brasileiro em que foram apresentados dados de patentes e proteções registrados durante 20 anos (1997-2017) no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e que apesar de tentar trazer um recorte para as sementes nativas, demonstrou pouca interação entre Universidades e Instituições de Pesquisa com as Empresas (menos de 1% das Patentes em conjunto). As empresas que tem sede no Brasil, na Região Sul e principalmente no Rio Grande do Sul, foram as maiores depositantes dos pedidos de Patentes (73%). Esse aspecto já demonstra um desalinhamento pois as Universidades e outras Instituições de Pesquisa são as principais responsáveis pela produção de pesquisas no Brasil, mas pouco dessa pesquisa tem sido destinada à proteção (menos de 5% das Patentes). Outro aspecto que destaca o desalinhamento é que as sedes das instituições brasileiras de Pesquisa & Desenvolvimento, que tem potencial de produzir inovações/patentes e proteções de programas computacionais estão principalmente nas regiões Sudeste (30,7%), Nordeste (24,6%) seguidas pela região Sul (21,2%). Ou seja, mais de 50% das instituições brasileiras não está na região em a maioria das inovações e proteções foram feitas. Com base nos resultados verifica-se a necessidade e a oportunidade de corrigir o desalinhamento entre a produção de pesquisas e a proteção de conhecimentos que sejam aplicados e passíveis de patenteamento e proteções, já que essa é uma das formas de contribuir para o desenvolvimento científico/tecnológico/econômico brasileiro.

 

Noticias - Congresso Brasileiro de Sementes 2020 - Apresentacao Trabalhos - Edson F. Duarte

Fotografias: Geângelo Petene Calvi (INPA)

 

O segundo trabalho foi uma proposta para o Programa de desenvolvimento do setor de sementes nativas e crioulas inicialmente apresentado por parceiros da UFG, da Embrapa Agrobiologia, da UFMS, da UNESP e da UFRB e que visa estabelecer uma rede de cooperação permanente e multi-institucional voltada ao levantamento e à organização de informações propiciando uma interação contínua entre os produtores/mantenedores de sementes e os possíveis mercados, além do setor de pesquisa brasileiro, e que poderá promover um esforço articulado para conservar a biodiversidade e a resolução de problemas. Para a divulgação do Programa foi preparado um vídeo com 2 minutos de duração (https://youtu.be/9vUg6UA6h4E).

Assista ao vídeo e conheça a proposta e se engaje na organização e desenvolvimento do Setor de sementes nativas e crioulas brasileiro. Alguns podem se perguntar como a área de Botânica pode contribuir para um Programa de desenvolvimento? De ante-mão é importante destacar que o conhecimento botânico na identificação e ocorrência de espécies vegetais, os conhecimentos de germinação, a compreensão da fenologia são imprescindíveis, bem como conhecimentos de produção de mudas e de genética populacional entre outros, também são necessários para promovermos o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social tão necessários ao setor, que lida com uma das maiores biodiversidades vegetais do planeta. Destacamos a importância de produtores de sementes, de associações, de empresas, de instituições ensino e de pesquisa serem parceiros na proposta, para avançarmos em todas as áreas necessárias ao Setor.

 

Comitê Técnico de Sementes Florestais

O Comitê Técnico de Sementes Florestais (CTSF) da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) é constituído por um grupo de especialistas na área, que tem entre seus membros o Prof. Dr. Edson Ferreira Duarte do DBOT/ICB/UFG. O CTSF organizou o 11º Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, e foi elogiado pela programação e qualidade dos convidados. Visite o site do CTSF para saber outras informações https://www.sementesflorestais.org/.

 

Noticias - Congresso Brasileiro de Sementes 2022 - Comite Tec Sem Florestais - Odete Liberal - Doris Groot

Fotografias: Geângelo Petene Calvi (INPA) e Edson Ferreira Duarte (UFG)

 

O Congresso e o Simpósio marcaram o retorno dos eventos presencias para os Associados da ABRATES (visite o site - https://www.abrates.org.br/) após a pandemia de COVID-19 e foi uma oportunidade de buscar novas parcerias, de trocas de informações e também de encontro com profissionais que foram pioneiros no setor de sementes brasileiro. Destacamos as pesquisadoras e professoras aposentadas Dra. Odete Liberal (UFPel) (foto no canto superior direito) e da Dra. Doris Groot (Unicamp) (foto no cano inferior direito), as quais admiramos e buscamos seguir os passos e exemplos.

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